quarta-feira, 31 de julho de 2013

Postagens Aleatórias #36

[...]Era uma vez um jardim.
Não era um jardim qualquer. Era o jardim que possuía a flor mais linda do mundo nele. Essa flor se destacava e era amiga de todos, possuía as pétalas mais belas e o perfume mais perfeito do mundo. Era por ela estar ali que um bando de borboletas vivia naquele jardim. A flor era a melhor amiga da borboleta mais independente do grupo de borboletas. Elas compartilhavam luz, alimento e chuva. Eram inseparáveis. O problema é que um dia, a borboleta resolveu que queria conhecer outros lugares. E decidiu ir embora.
A flor ficou lá, olhando para o nada enquanto a borboleta ia embora, triste por perder a amiga. Ao perceber isso, sua mãe mãe consolou-lhe as pétalas e falou
"Isso não é um adeus. É um até amanhã. As borboletas são livres para ir onde quiserem. E nós somos seus pontos de apoio. Para onde elas sempre vão voltar. Onde quer que sua amiga esteja, ela vai voltar. Porque ela tem um bom motivo para isso querida".
E pensando dessa forma, a flor voltou a exibir sua beleza, a espera da sua borboleta amiga, que sempre voltava para visitá-la e compartilhar suas histórias maravilhosas.
Fim. [...]

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Postagens Aleatórias #35

[...]Então a Chapeuzinho Vermelho espalitou os dentes e fez uma cara de nojo. Ao matar o lobo, o fizera sofrer, a carne estava ruim, dura. Deveria ter abatido com mais sutileza. Ao menos, seu objetivo havia sido atingido. [...]

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Postagens Aleatórias #34

[...]Era dolorosamente meticuloso, e miraculosamente ignorante. Doía de uma forma bruta e extenuante. A forma que ela lidava com aquela dor era simplesmente sorrir. Mas por dentro, os cacos da pessoa que era ficavam cada vez mais estilhaçados e perfurantes. Matavam sua alma e envenenavam sua mente. Com o tempo ela passaria a não sorrir e seus sentimentos se extenuariam de forma grotesca. Ninguém percebia que aquelas atitudes matavam-na por dentro.[...]

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Postagens Aleatórias #33

[...]"Louca, completamente louca. Piradinha, lelé da cuca" Eram as palavras da Lebre de Março.
O mundo a volta deles ruía, mas ninguém poderia fazer nada. A única pessoa que poderia estava ali, amarrada a frente deles, inutilizada pelos acontecimentos recentes.
"Desde a morte do Chapeleiro, ela está nesse estado. Não há muito o que fazer" Falava o semi-adormecido Arganaz, no ombro na Lebre.
A criatura presa em frente a eles se remexia e as únicas palavras que se ouviam (e entendiam) eram "Se o Chapeleiro estivesse aqui... Ah se estivesse... Mas ele logo vai chegar. Ah se vai" e por aí iam suas divagações.
Alice Liddel, A Alice, estava louca. Tinha enlouquecido após a morte de seu companheiro, o Chapeleiro. O País das Maravilhas nunca mais seria o mesmo. Estava em ruínas, e a heroína destroçada por uma batalha que não era sua.[...]

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Postagens Aleatórias #32

[...]Estávamos a caminho da minha casa, rindo e brincando. Eu gostava disso. Da forma como o sorriso dele fazia meu coração dar saltos e de como eu gostava de importuná-lo e ser implicante com ele. Só que eu sabia que ele não encarava as coisas como eu. Eu deveria ser sua irmãzinha, sua melhor amiga, algo assim. Nunca seria o que eu de fato queria há muito tempo. Nós paramos em frente ao meu portão com sorrisos no rosto e uma cumplicidade que me deixava eufórica. Eu viro para ele com um sorriso no rosto, pronta para me despedir quando a idéia surge. Eu não sabia se ia acabar fodendo com tudo ou deixando algo um pouco mais claro. Sei que a possibilidade das coisas serem do jeito que eu queria era mínima, por isso nem sonhar eu me permitia. Mas mesmo sabendo de tudo isso, resolvi tentar.
"Hey, pode fechar os olhos para mim? Quero lhe dar algo"
Ele olhou para mim desconfiado. Era natural essa nossa reação um com o outro. A cretinice e canalhice que havia entre nós era algo que nos levava a pensar duas vezes antes de confiar, em certas situações, um no outro.
"Por favor" continuo "Prometo que não vou fazer nada de ruim." quando percebi que ele ia acatar meu pedido, acrescentei "Por favor, não espie"
Ele fez o que pedi.
Coloquei seu rosto entre minhas mãos, passando meus polegares por suas bochechas macias e que eu amava apertar. Ele era o auge da fofura e tive que segurar um suspiro ao constatar isso. Ele era muito, e eu gostava tanto disso que conseguia ignorar seus ataques dramáticos. "Não se mecha" falei, enquanto aproximava meu rosto do dele devagar. Eu tinha medo do que eu estava fazendo, mas ao mesmo tempo, me sentia eufórica e corajosa pela tentativa. Ela valeria a pena. Encostei de leve meus lábios nos dele, devagar e segurando a respiração. Meu coração chegou a falhar uma batida. Eu quase não acreditava. Colei nossos lábios um pouco mais, só uma pressão a mais, para que minha memória se lembrasse. E me afastei.
"Pode abrir agora"
Eu desviei o olhar do dele e falei sem olhá-lo "Não sei se você sabe, mas sou apaixonada por você há anos. Não me importo de ser só sua amiga, mas eu precisava tentar. Não ia conseguir conviver comigo mesma se eu não tentasse". Eu levantei os olhos e fitei os dele com carinho "Obrigada por me deixar fazer isso"
E antes que ele respondesse algo, eu entrei pelo meu portão e sumi dentro do meu prédio. [...]

Postagens Aleatórias #31

[...]A vovozinha perguntou para a Chapeuzinho Vermelho:
"Está maravilhoso querida. Você não me disse qual o ingrediente principal do ensopado"
A mais nova deu de ombros:
"Ah vovó, é ensopado de lobo"[...]

domingo, 7 de julho de 2013

sábado, 6 de julho de 2013

Postagens Aleatórias #29

[...]E ela achava adorável ler coisas daquele tipo.
Porque ela era meio turrona e difícil de lidar. Não era fofa nem gentil. Era grossa e meio masculinizada. Mas se derretia como manteiga quente ao ler um romance, com amores proibidos, onde o anti-herói (que na verdade é o herói de verdade) fica com a mocinha e eles vivem um "felizes por enquanto" porque ela não acredita no "felizes para sempre".[...]

terça-feira, 2 de julho de 2013

Postagens Aleatórias #28

[...] Ela era como uma fênix.
Ela vivia em um ciclo de renascer e morrer, renascer e morrer. Cada ciclo durava um pouco mais que o anterior, para provar que ela havia aprendido alguma coisa. Quando ela renascia, dava seus primeiros passos para o futuro de forma incerta, sem saber que caminho seguir. Com o tempo, ela se tornava uma linda ave, com plumas lindas e brilhantes, que cegavam pessoas invejosas com sua beleza. E então, quando as coisas começavam a dar errado, ela ia definhando devagar, mas lutando para que não acontecesse, até que aquela etapa ruim morresse e ela pudesse renascer de novo, para uma nova experiência. [...]