quinta-feira, 24 de junho de 2010

Eu e você

Eu sou o vinho refinado.
Aquele que é bebido aos poucos, lentamente.
Em ocasiões especiais, por bocas importantes e imponentes.
Todos me bebem apreciando meu gosto suave e alcoólico.
Sou aquele que todos usam para comemorar.
Você é o conhaque da perdição.
Aquele que é bebido pelo pecado, em um gole só.
Quando o mundo desaba, pelas mesmas pessoas que me bebem, sem dó.
Todos bebem você de forma rápida, como se fosse uma dor, em uma única oportunidade
Usam-te para apagar momentos de horror.
Nós somos opostos sabemos disso.
Eu sou o refino, você a perdição.
Sempre foi assim.
E é assim que as coisas sempre serão.
Mas o que acontece quando nos unimos em um só?

Isso, meu caro leitor, fica para a sua imaginação.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Vertical

Ok, não estou acostumada em fazer contos adultos. Mas estou tão inspirada... Alguma coisa provém da minha vida, e quase tudo vem da minha mente. Não nasci para ser uma boa garota.

AVISO: O que for relatado aqui é um CONTO. Não é algo que aconteceu na minha vida. Só um detalhe que é baseado na minha vida, o resto provém DA MINHA MENTE. Parem de ser puritanos, contos são contos. Nem sempre eles são reais e não precisam ficar ofendidos por isso. Só porque eu sou uma garota quer dizer que eu não posso ter esse tipo de escrita?

"Arg" Arfo levemente e sinto minhas costas baterem contra a parede de uma forma violenta. Em seguida, mãos fortes me erguem pela firmeza atrás de mim através da minha bunda e fazem com que minhas pernas enlacem na cintura de meu... Acompanhante. Ele prensa-me contra a parede lentamente, provocativo, e dá um sorriso, falando em meu ouvido "Você gosta?". Mordo sua orelha e respiro forte na região, e respondo com um sorriso safado pendurado em meus lábios "Depois eu respondo". Nós dois soltamos risos abafados e eu passo minhas mãos pelo pescoço dele, enquanto as dele sobem pelo meu corpo, fazendo um estrago que só nós dois sabemos quanto. Volto meus lábios para os dele e tudo volta a ser muito rápido. As mãos dos dois ganham vida, fazendo com que as roupas aos poucos desapareçam de uma forma sensual. Nossos corpos quentes pedem contato, há uma ânsia. As roupas, que antes eram barreiras, evaporaram e nós dois já estamos nessa fricção, nessa dança sensual de corpos quentes, suados e cheios de desejo. Múrmuros desconexos e sons incompreensíveis saem por ambos os lados. E quando o ápice chega, o silêncio reina lentamente, abrindo espaço por entre os nossos corpos cansados. Em um murmúrio de vida, eu sorrio lentamente e falo "Hum, você sabe como eu gosto" e novamente risos contidos por nós dois. Eu deslizo pela parede até minhas pernas estarem firmes o suficiente para me sustentar e nós dois começamos a nos vestir.
"O que você queria mesmo?" ele me pergunta com um sorriso de canto nos lábios. Eu me viro lentamente e mordo o lábio inferior antes de responder "Quero isso pronto segunda-feira" falo firme, o que faz ele arquear a sobrancelha e perguntar "E se eu não puder?". "Problema é seu. Você sabe o que acontece se não cumprir o prazo" e ele sorri, me coloca contra a parede novamente e lambe toda a extensão do meu pescoço "Claro que sei. Você fica sem seu trabalho" eu sorrio de canto e mando ele embora, deslizando pela parede assim que ele sai pela porta. Fazer esse tipo de coisa em uma sala fechada como essa é desafiador e excitante. Mas é claro que eu prefiro assim. Antes desse jeito do que em uma cama de casal de uma forma sem-graça. Contra uma parede ou sobre uma mesa é tão mais empolgante. Há o perigo correndo em nossas veias, os riscos de sermos pegos. Tão mais divertido. Por isso, sempre faço esse tipo de coisa em um lugar inusitado. Além do mais, eu, pessoalmente, sempre prefiro na vertical.