quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Trabalho Social

Inspirada por uma imagem do facebook, resolvi tocar em um assunto que me deixa emocionada cada vez que penso nele. A foto que fez-me inspirada foi essa:

Trabalho social.
Você já fez? Se não, experimente. Se já, faça de novo. Minha experiência com trabalho social começou com a empresa onde minha mãe trabalha. Eles fazem isso ao final de ano, dia das crianças e essas datas comemorativas que ninguém deveria ficar sozinho mas todos nós sabemos que há muitas pessoas que ficam. Pois bem, minha experiência foi com um asilo, chamado Padre Cacique, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre. O lugar se mantém só de doações se não me engano.
É uma instituição bem grande, na época que eu fui sua fachada estava meio feia e parecia que o lugar estava caindo aos pedaços. O tamanho do lugar ocupa, eu acho, uma quadra inteira e é realmente grande, dá para se perder lá.
Ao entrarmos no local, o pessoal que trabalha lá, como voluntários eu imagino, nos recebeu e começou a nos mostrar o lugar. Se por fora parecia caindo aos pedaços, qual não foi minha surpresa ao ver um ambiente grande, bem iluminado e realmente bem equipado para os idosos. Acomodava a todos muito bem, tinha a aparência de limpeza e era muito bonito. Atrás da edificação há um jardim interno bem cuidado, onde os velhinhos e velhinhas poderia tomar um sol para sorrir um pouco, afinal eles estavam ali por algum motivo familiar.
Quando começamos a visitar o lugar, eu fui falando com os velhinhos e velhinhas, dando-lhes atenção, que era o motivo pelo qual estava ali. Uma das maiores dores da minha visita foi uma senhora que estava sentada olhando a foto de sua família. Um dos senhores que acompanhava nosso tour pelo local disse que desde que ela entrara ali, ninguém viera visitá-la (coisa que acontece com muitos deles), nem mandaram notícias. A única coisa que ela tinha da família era aquela foto.
Naquele momento eu senti muita dor no coração. Pensei na minha avozinha, mulher de fibra que me criou com bons modos e uma educação digna de uma lady, numa situação daquelas. Eu não queria que isso acontecesse. Imagino o sofrimento que aquela mulher não deve sentir pelo abandono daqueles entes queridos. Senti uma agonia intensa e uma vontade de chorar brotou em mim. Eu me aproximei daquela senhora e comecei a conversar com ela.
Não lembro sobre o que conversamos, sei que ela passou a acompanhar nosso grupo, junto comigo. E a cada novo idoso que eu via, eu tentava fazer com que eles sentissem-se bem, que não se sentisse abandonados por todos, pois eu sabia que aquela sensação era uma das piores a se sentir.
Após aquela experiência, cada vez que a empresa da minha mãe fazia uma ação social, eu tentava participar, pois queria que as pessoas se sentissem felizes. Quando eu fazia aulas no São Manoel Educação e Assistência, antigo Colégio São Manoel, eu convivi com esquizofrênicos e descobri que eles são pessoas tão gentis quanto uma criança. Necessitam de cuidados especiais e tem um aprendizado diferenciado, mas são extremamente cativantes se você der a oportunidade a eles. São gentis, alegres e levam uma vida realmente normal, pegando ônibus e se cuidam tanto quanto nós.
Também já fiz trabalho voluntário no meu ensino fundamental, no meu colégio mesmo, e convivi com a Classe Especial, que possuía todos os tipos de crianças portadores de alguma necessidade especial. Sinceramente, preferia ficar com eles a ficar com os alunos do Jardim. São crianças amorosas, que ao menor sinal de carinho e contentamento dos outros em relação a elas devolvem tudo de forma grata e com muito amor. São crianças que os pais fazem de tudo por eles, e diferente de nós, que não passamos essas dificuldades, elas realmente retribuem cada gesto de carinho. Cada simples gesto é sempre retribuído. Eu adorava passar o tempo com eles, cuidado-os e ajudando os professores com o que fosse necessário. Era estimulante ver essas crianças sorrirem para você apenas porque você lhe alcançou um lápis.
Já fui a um orfanato com a empresa da minha mãe. E com certeza, essa foi uma das visitas mais dolorosas que já tive. Imagine crianças que nunca receberam nada, nem afeição, de ninguém, se alegrarem porque irão receber um bolo e alguns brinquedos simples. Imagine a felicidade delas. O brilho no olhar que cada uma delas exibia ao brincar, receber o presente ou mesmo só por nos ver ali era algo inimaginavelmente bonito. Aquece a alma ver uma pessoa tão feliz assim. Nós conhecemos todo o lugar, que foi-nos mostrado pelas próprias crianças. Elas nos puxavam ela mão, querendo que soubéssemos tudo sobre elas. Eu fiquei encantada. Acompanhei todas as que me puxaram, brinquei com elas e as fiz feliz, ao menos por aquele momento. Dei minha atenção, toda ela. E vi aqueles seres humanos pequenos, que não tinham ninguém, serem felizes.
O que mais dói ao fazer um trabalho voluntário desses é a hora da despedida. As crianças te olham pedindo "Tia, me leva junto, por favor? Prometo que vou me comportar bem. Não vai embora, por favor" Dói no coração de qualquer ser humano ver um apelo tão sincero e triste. Sempre quis irmãos. E senti vontade de levar todos eles comigo, tamanha era a tristeza deles. É algo que não dá para explicar. Os olhos, eles simplesmente tocam sua alma. E dói muito que você não possa atender o pedido deles. Eles querem carinho, amor, compreensão.
Uma outra vez que fui a uma asilo como trabalho voluntário para um trabalho escolar, eu vi senhoras serem maltratadas por quem as cuidava. Senti tanta dor ao ver aquelas senhoras que não recebiam muita visita serem repreendidas por estarem alegres. Quando apresentamos o trabalho, eu senti vontade de dizer "O mais revoltante é que aquela mulheres não pensam que um dia elas poderão estar no asilo. Tem tantos jovens maltratando seus avós que dói na gente ver que os idosos não se importam, pois eles sabem que poderiam estar em lugares piores." Eu chorei durante aquela visita, pois foi muito doloroso ver aquelas cenas e imaginar isso acontecendo com uma das mulheres que mais amo.
Mesmo assim, o trabalho social é algo que quando você faz uma vez, se for um ser humano com coração, vai querer fazer de novo e de novo, sem nunca se cansar. Os sorrisos felizes daquelas pessoas por você simplesmente estar ali e não pelo que você trouxe consigo já é o suficiente para aquecer seu coração e deixar qualquer tristeza de lado apenas para continuar sentindo aquela paz que só pessoas que realmente precisam sorrir trazem. Você sabe que é injusto o que fazem com eles, mas você quer fazer o dia delas diferente. E para elas, só isso basta, que você disponha um pouquinho do seu tempo com elas, para ouvir suas histórias, para compartilhar experiências ou simplesmente para matar algum tempo. Qualquer coisa serve.
Por isso, eu faço questão, quando me perguntam se devem fazer ou não, de responder "Faça e você verá o verdadeiro sentimento de realização em você" E não é só um sentimento. É uma realização fazer aquilo. Ainda mais quando você faz com amor.
Faça você também trabalho voluntário e aprenda o valor de uma vida.

Gripe

Meu nariz coçou
Senti uma agonia
Segurei um suspiro
E dou mais um espirro
Meu corpo treme
Meus olhos incham
Sinto os problemas com a minha rinite
E eu novamente estou com gripe

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

#Untitled 4

Sorriso no rosto, cabeça erguida, voz suave
Linguagem corporal bem cuidada, risada gentil e palavras cálidas
Toque amável, olhos sorridentes e gestos simpáticos
Conversa com uns, sorrisos para outros, apenas um olhar para os demais.
Com os conhecidos troca-se palavras, com os amigos risadas e com os íntimos confidências
Com os demais apenas olha-se, sem nenhuma exigência
Assim passasse a rotina, entre risos, observações, conversas sérias e amenidades
O dia é assim, e eu o finalizo com um simples beijo no rosto de todos.
E então a cortina se fecha. Meu espetáculo acabou, já recebi aplausos pela minha interpretação, já posso ir para casa. Minha farsa acabou.
Essa é a rotina diária da sociedade, interpretar um papel para que outros aplaudam de pé de forma mecânica  e de mesma forma interpretada o que você faz. A sociedade cria hipócritas, já que todos nós devemos ser o que ela quer que sejamos: falsos uns com os outros.
Afinal, se todos fôssemos verdadeiros, ninguém iria suportar viver perto de ninguém, e o ser humano iria virar uma ilha e morrer, uma vez que a ciência diz que o ser humano é relacional, que precisa se relacionar com outros da sua espécie.

Chuva

O dia amanhece com o tempo fechado, feio. Eu não poderia estar mais feliz. Gosto de dias onde o sol fica escondido, vai para a vizinhança, esquece seu brilho por onde eu passo. Nunca fui muito com a cara do sol, veja bem, ele machuca minha sensível retina. Dessa maneira, aprendi a gostar de dias feios. Abro a janela para encarar o dia que, para mim, é lindo e aproveitar sua visão. Oh, tão magnifica ela o é.
É quando algo abate meu olfato. É leve, úmido, delicioso. Bom para minha rinite. Deixa meu nariz mais fresco e com fácil respiração. Eu não poderia estar mais feliz. A chuva começa. Ah, grande benção do céu! O vento que chama atenção do meu olfato fica mais forte e sinto vontade de ir para a chuva. Afinal, junto com ela vem seu cheiro, o cheiro de terra molhada e paz. Nada poderia ser mais gostoso que isso.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Opinião Injusta


Acho tão engraçado algumas pessoas ficarem contrariadas com algumas opiniões minhas, principalmente as fortes, que sempre descrevo com uma tonalidade inquestionável e firme. Algumas vezes minha veemência ultrapassa alguns limites e consigo soar um pouco (ou muito) ofensiva. Nada que eu realmente queira que pareça, longe de mim defender minhas opiniões pessoais de forma a ofender ou magoar alguém. Quando quero realmente ofender ou magoar meu rosto já demonstra isso. Há escárnio, uma boa dose de sarcasmo e maldade explícita em meu rosto. É impossível não perceber. Sem contar que esse virou meu mecanismo de defesa natural, o que torna realmente fácil eu conseguir esconder o que estou sentindo.
Quando exponho minha opinião, geralmente eu fico com o semblante pensativo, gosto de pensar em meus argumentos, além de eu geralmente demonstrar um olhar firme, decidido e por vezes até um pouco esnobe uma vez que é um assunto pessoal, de opinião. Entretanto, algumas pessoas realmente confundem isso e sentem-se ofendidas com meu tom, com meu semblante. Quando não acham que estou falando minha opinião sobre assunto x em relação à eles. Levam o assunto para o lado pessoal e acham que, por exemplo, quando eu não gosto de determinada atitude, eu estou criticando diretamente a elas.
Veja bem, se eu quisesse criticar alguém, eu chegava na pessoa diretamente e diria "Não gosto de x, y e z coisas que você faz, sua atitude a, b e c me parecem isso e acho que você pode melhorar assim, assim e assado". Eu não diria simplesmente "Ah, eu reprovo tal coisa pelos motivos h, i e j. Não acho que é bom tal coisa pois bla bla bla whiskas sachê etc." para deixar subentendido. E quando quero realmente deixar coisas subentendidas para alguém, faço questão de olhá-la nos olhos com deboche. E mesmo assim, muitas pessoas gostam de confundir meus pensamentos, opiniões e idéias com críticas pessoais a elas. Sem contar que ficam com raiva de mim e ficam fazendo joguinhos infantis pra me causar males.
Sinceramente!
Vamos crescer um pouquinho porque eu não tenho tempo pra lidar com crianças ofendidas. Já passei por essa fase e minha vida já foi um inferno nela. Passar por isso de novo não é exatamente o tipo de experiência que eu espero daqui pra frente. Odeio esse tipo de palhaçada. Quer ficar de besteirinha e não se mais o que de criança então vai fazer com quem faz isso: ensino médio. Não tenho obrigação nenhuma de aguentar gente mimada que não tem responsabilidade nenhuma na vida ficar fazendo merdinha infantil.
"Ah Daia, mas tu reclamando via blog não é a mesma coisa?"
Não, não é. Sabe porque? Pelo simples fato de que eu to escrevendo isso pra desabafar. Tem pessoas para quem eu dedicaria o texto explicitamente? Sim, tem. Muitas, tanto que até nem consigo contar. Mas eu vou fazer isso e provocar alguma briga idiota com gente idiota pra que eles fiquem mais putinhos e fiquem xingando horrores no twitter até altas horas da noite? Não, eu não vou fazer isso. Detesto brigas, apesar de ser muito boa nelas (viver com um primo e com um melhor amigo que te batem sem misericórdia serve pra alguma coisa). Não fico puxando raiva alheia de graça. Não faz meu estilo.
Até porque, se eu expusesse sempre toda a raiva que sinto, poucas pessoas falariam comigo. E se eu expusesse 100% dos meus pensamentos em palavras ditas, ninguém falaria comigo. Minha mente tende a ser perversa em tanto aspectos que eu sei que se alguém lesse meus pensamentos, a pessoa iria querer se desligar do que leu pra sempre. Há muito espaço pra pensar no meu cérebro, por isso mesmo quando trabalho é possível que eu imagine diversas formas diferentes de matar a mesma pessoa.
Voltando ao assunto, eu até gostaria que alguém lesse isso e se identificasse e entendesse a diferença, mas sei que não vai se dar ao trabalho, por isso, exponho esse sentimento amargo de injustiça que sinto dentro de mim em relação às minhas conflitantes opiniões. É só mais um desabafo, outro pedaço da minha vida.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Conto Parte III

Como eu estou obstinada a terminar esse conto, aqui vai o resto para vocês:
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"É óbvio, eu não tinha percebido ainda que haviam olhos me observando a todo instante. E não eram só dos homens que frequentavam o local. Eram olhos que vinham de meu grupo de amigos."
Girei um pouco o corpo, acompanhando a música sempre. Fui tomar mais um gole de minha bebida e descobri meu copo vazio. Sem desanimar, porém, continuei a balançar meu corpo conforme o ritmo agora enquanto andava. A música fazia milagres com meu humor, ainda mais depois de um mês de sofrimentos enclausurados. Eu sentia minha alma regozijando-se em alegria por estar recuperada. Encontrei a mesa que usávamos semi vazia. O casal havia sumido, as garotas estavam espalhadas e o restante dos rapazes estava com copos de martelinho com tequila. 
Eu coloquei meu copo sobre a mesa e todos os rapazes me olharam, perguntando se eu ia participar, como sempre. Eu recusei, e acenei para a pista de dança dizendo que aquela noite apenas ela me teria. Os rapazes riram e deram-me um copo por cortesia. Eu o bebi sem o limão em um gole só, enquanto os rapazes diziam "É assim que se faz" e pisquei divertida para eles, voltando e me remexer para ir de volta a pista de dança.
O ritmo sensual tomou conta do ambiente e eu me senti mais solta, mais eu mesma. Foi nesse momento que braços fortes rodearam minha cintura carinhosamente e fizeram minhas costas ficarem contra um torso definido. Uma voz rouca e conhecida falou em meu ouvido "Conte-me o que ouve com seu namorado de 3 anos. Eu preciso saber". Meu amigo que havia voltado falara aquilo, e senti um tom de urgência em sua voz.
Levantei o rosto, sabendo que meus lábios roçariam levemente no pescoço dele e disse no ouvido que ele havia exposto para que eu falasse "Há um mês eu o peguei na cama com uma ex dele. Joguei a aliança nos dois e disse que era para dizer o que quisesse sobre nosso término. Eu não faria questão de saber".
Eu senti os braços a minha volta movimentarem meu corpo, de modo que eu ficasse de frente para ele. Ao encarar seus olhos, eu senti como se toda minha vida tivesse começado naquele instante. Ele pediu para que eu deixasse-o fazer-me feliz. Eu não tive como negar.
O beijo que sucedeu em seguida me fez repensar em tudo o que eu já havia sentido, e com certeza, o pensamento que eu tive naquele momento, o mais lógico deles, foi que aquele era o momento mais feliz da minha vida. Ao nos separarmos, dei-me conta de que ele havia voltado por outra pessoa. Questionei-o sobre isso. Ele apenas replicou carinhosamente que naquele momento ele não sentia mais falta dela porque ela estava em seus braços. Eu estivera enganada, naquele instante, eu sabia que só haveriam momentos felizes em minha nova vida, ao lado dele.

Fim.
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Para quem não acompanhou:
Espero que tenham gostado. Até mais.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Matar

Se eu pudesse matar alguém, certamente eu o faria.
E com certeza você estaria na lista.
E mais um monte de pessoas.
As primeiras seriam as hipócritas.
Por me apoiarem na frente.
E matarem-me pelas costas.
Em seguida, mataria os metidos a espertos.
Por acharem que passam a perna em mim
Entretanto, não chegam nem perto.
Em seguida, mataria as pessoas burras metidas a inteligentes.
Elas simplesmente se acham as melhores.
Mas são piores que qualquer indigente.
Mataria todos aqueles que tentam ferrar com a minha vida.
Iria feri-los com lentidão.
Apenas pelo prazer de vê-los implorando por meu perdão.
Muito embora, nenhum desses que eu queria matar,
Algum dia vai merecer o que eu posso ofertar.
Porque todos, sem excessão.
Não merecem tudo que fiz por eles e foi em vão.
Ingratos.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Angle

Eu, na aleatoriedade que vivo, peguei uma palavra que anda em alta pra dar a perfeita descrição dela no contexto de mundo moderno, já que, como dito anteriormente, esta palavra está inscrita no vocábulo pessoal do sujeito mais inculto possível e mesmo assim muitas pessoas passam a usá-la sem sequer saber de seu significado. Obviamente, como sempre, vou contextualizar a palavra segundo nosso amado dicionário, Aurélio:
Hipocrisia:
s.f. Vício que consiste em aparentar uma virtude, um sentimento que não se tem. / Fingimento, falsidade.
Hipócrita
adj. e s.m. e s.f. Que tem hipocrisia. / Que denota hipocrisia; falso; fingido: um ar hipócrita. (Antôn.: franco, leal.)
Com essa definição de fácil entendimento, pretendo agora dar exemplo de como as pessoas gostam de falar sobre essa palavra bonita sem olhar, com o perdão para a expressão, para o próprio cu. É extremamente fácil chamar os outros de hipócritas quando não se olha para as próprias atitudes. No dia a dia é assim. Entretanto, o problema não é realmente esse. O que se passa é que muitas pessoas simplesmente resolvem reclamar dessa hipocrisia descarada na qual todos vivemos, que foi entranhada no ser humano como uma forma de convenção social a qual se você não seguir, você é chamado de hipócrita por ser sincero,.
É comum dizerem nesse caso "Ah, você se acha melhor que os outros porém ainda assim faz a mesma coisa. Você é hipócrita". Ok, segure a respiração e mande a pessoa, com toda sua educação para o inferno. E que vá para o nono círculo*, para sofrer o pior dos castigos. Assim, quem sabe, ela possa ser um pouco mais verdadeira e pensar, por si própria, antes de falar.
Vejo pessoas todos os dias fofocarem umas com as outras sobre todos os quais puderem falar e ainda assim, quando outro faz o mesmo em relação a elas, estufarem o peito e dizer "Ao menos eu não falo pelas costas como uns e outros". Bullshit, eu digo. Bobagem pura. Eu sou o tipo de pessoa que bate no peito e diz "Falo pelas costas e falo pela frente também". Se eu tiver um problema com alguém vou dizer aos quatro ventos e sem escrúpulos. Essa é a verdadeira sinceridade. Se perguntarem-me sobre, afirmo e assumo a culpa. Isso é ser adulto suficiente para assumir o que diz, o que faz. É "ter culhão" para ser melhor que os outros. É errado sim falar dos outros, entretanto já que vais falar de qualquer jeito, então tenhas a maldita capacidade de falar nas costas, para todos ouvirem, e falar na frente sem medo das conseqüências, porém ciente delas.
É fácil demais ser falso com todos e chamar os outros, nunca a si mesmo, de hipócrita. Cresça, incremente seu caráter social e profissional, seja auto-suficiente e independente dos outros para depois falar sobre hipocrisia. Saiba seu significado e saiba que, do ângulo o qual você está vendo a situação, está totalmente errado e que é hora de você se esforçar para ser melhor. Ser um ser humano sem valor é ser um peso morto e mórbido na parte inteligente e bem sucedida da sociedade sensacionalista e banal na qual vivemos nos dias de hoje.
That's It.

*Nono círculo do inferno: Termo retirado do filme de animação e jogo "Dante's Inferno" (2010) o qual acredita nos nove círculos infernais: Limbo, Luxúria, Gula, Ganância, Ira, Heresia, Violência, Fraude e, por último, Traição, círculo onde Lúcifer, o anjo traidor, reina todo o inferno e aprisiona as piores almas. (Review by Mente Complicada)