quarta-feira, 30 de novembro de 2011

#Untitled 4

Sorriso no rosto, cabeça erguida, voz suave
Linguagem corporal bem cuidada, risada gentil e palavras cálidas
Toque amável, olhos sorridentes e gestos simpáticos
Conversa com uns, sorrisos para outros, apenas um olhar para os demais.
Com os conhecidos troca-se palavras, com os amigos risadas e com os íntimos confidências
Com os demais apenas olha-se, sem nenhuma exigência
Assim passasse a rotina, entre risos, observações, conversas sérias e amenidades
O dia é assim, e eu o finalizo com um simples beijo no rosto de todos.
E então a cortina se fecha. Meu espetáculo acabou, já recebi aplausos pela minha interpretação, já posso ir para casa. Minha farsa acabou.
Essa é a rotina diária da sociedade, interpretar um papel para que outros aplaudam de pé de forma mecânica  e de mesma forma interpretada o que você faz. A sociedade cria hipócritas, já que todos nós devemos ser o que ela quer que sejamos: falsos uns com os outros.
Afinal, se todos fôssemos verdadeiros, ninguém iria suportar viver perto de ninguém, e o ser humano iria virar uma ilha e morrer, uma vez que a ciência diz que o ser humano é relacional, que precisa se relacionar com outros da sua espécie.

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