domingo, 28 de setembro de 2014

Postagens Aleatórias #93

[...]1, 2, 3, 4... 1, 2, 3, 4... 1, 2, 3, 4...
Aquele era um para lá e para cá constante. Um equilíbrio teoricamente saudável que se mantinha ao longo das passadas. Mexia para um lado, mexia para o outro, mas o ritmo era teoricamente o mesmo. Teoricamente.
1, 2, 3, 4... 1, 2, 3, 4... 1, 2, 3, 4...
A pausa entre uma sequência e outra era mínima, quase não dava para notar. Mas ela estava ali por um motivo óbvio. Era necessária. Claro, isso é fácil de dizer. O problema se manifestava na hora de praticar.
1, 2, 3, 4... 1, 2, 3, 4... 1, 2, 3, 4...
Aquela era a dança da sua vida. Os números demonstravam os passos que dava em direção ao seu futuro. A pausa era feita para demonstrar quando parava para fazer suas escolhas. No meio daquilo, uma decisão. Uma única. Ele. A pausa fora maior que todas as outras. Os medos e incertezas, que lhe enchiam toda vez que deveria pensar em seus passos seguintes, foram maiores. Não sabia o que fazer. 
1, 2, 3, 4... 1, 2, 3, 4... 1, 2, 3, 4...
No fim, optou conscientemente pelo sim. Acostumou-se a arcar com as consequências de todas as suas decisões. Sua valsa continuou. Mais ritmada. Mais alegre. Mais feliz. A partir dali, suas escolhas se tornaram mais fáceis. Quando tinha que se separar dele, era só um passo ensaiado longe do dele. Logo seus passos voltariam a estar juntos e a valsa continuaria seu rumo. A valsa dele junto com a sua. Ele seria seu parceiro de dança.
1, 2, 3, 4... 1, 2, 3, 4... 1, 2, 3, 4... [...]

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Postagens Aleatórias #92

[...]Suas mãos estavam por toda a parte.
Seu beijo sôfrego chamava por mim e suas mãos clamavam pela minha pele. Sua língua me enlouquecia e sua respiração estava perdida, junto com a minha. Seus olhos devoravam minha alma e seu cheiro entorpecia meus sentidos. Tudo nele me deixava alerta, sensível, desejosa. E eu queria mais, muito mais. Sua boca de tempos em tempo desgrudava da minha, apenas para me dar mais prazer. Seus movimentos iam e vinham, mas ele não me dava o que eu queria. Ele me torturava. E eu amava isso. Sua boca então ia para lugares diferentes e eu arfava desejosa por mais. Por ele. Quando ele resolveu acabar com minha tortura, eu já estava por um fio.
E uma dor preencheu minhas costas.
"Mas que porra...?"
Olho em volta. Minhas cobertas enroladas parcialmente em mim e minha cama acima de mim, a poucos centímetros de distância. Sozinha. Praguejei irritada e violenta contra meu azar. Fora só um sonho.[...]