quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Postagens Aleatórias #68

[...] Essa é a minha última tentativa. 
Primeiro, quero pedir desculpas. E pedir que me entenda e olhe pelo mesmo ângulo que eu. Quantas vezes eu fui tentar conversar e acabei no vácuo? Ou quantas eu fiquei te esperando e você não aparecia? Quantas vezes eu reservei um tempo só para você, para te dar preferência e só acabei frustrada? Quantas vezes tentei te fazer sorrir e o que ganhei foi ignorância e um pouco de desprezo? Por falar nele, eu até já perdi as contas da quantidade de vezes que você o praticou contra mim. Eu não costumo ligar e sempre tive mais paciência que o normal com você e sua mania irritante de querer me ver irritada. Você recebe mais atenção minha do que muito amigo meu. E tem muita gente por aí que gostaria de apenas um décimo do que eu reservo a você. E mesmo assim recebo quase nada em troca de você. Sabe, eu tinha algo muito importante pra te falar. Algo que poderia me fazer muito feliz, ou não, mas que eu não ligava nem um pouco, desde que você ao menos soubesse. Mas não ainda não falei. E agora eu fico aqui tentando tirar isso de mim porque me machuca mais que o normal. Meus amigos te chamam de sortudo filho da mãe, por ter toda a minha atenção sem esforço algum. Enquanto eu, o quanto eu preciso insistir para conseguir uma resposta sua? Magoa, machuca, dói. Você é tão indiferente a mim e meus esforços que chega e me quebrar por dentro. Se você ao menos imaginasse o quanto escrevo sobre você ou o quanto eu me importo mais que deveria, talvez eu me sentisse menos machucada. Há tantos que adorariam trocar de lugar com você nem que seja um pouco, para poder obter minha atenção que você sequer imagina. Tente entender, tente ver isso. 
Se conseguir, meu segundo pedido é que não fique bravo comigo. Tentar ficar longe foi o que melhor fiz para me magoar menos, mas mesmo assim doeu mais ainda. Foi uma tentativa, não pode me julgar por isso. Não brigue comigo por tentar te tirar da minha vida quando parece que eu não tenho espaço nenhum na sua. I miss you, and I'm telling you once more: Romeo take me somewhere we can be alone. [...] 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Postagens Aleatórias #67

[...]Você sabe o quanto eu te odeio?
Ou o quanto sinto sua falta em cada mísero pedaço da minha vida enquanto parece que você leva a sua vida se esquecendo da minha existência? Ou o quanto odeio todas as complicações que nos envolvem, principalmente a falta de tempo? Que odeio ter que ficar imaginando como foi seu dia ao invés de perguntar a você porque simplesmente você me faz mal? Pode não parecer, mas já sacrifiquei tanto por você e mesmo assim, você parece nunca sentir minha falta. Estamos sempre tão distantes um do outro, que eu me forço a te odiar para ver se dói menos. Porque dói, e muito. Cada dia dói um pouco a mais que o outro. E eu não sei mais o que fazer para que pare de doer. [...]

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Postagens Aleatórias #66

[...] A floresta estava silenciosa aquela noite. Sentada na relva entre as árvores, a jovem observava a falta de movimento ao seu redor. Não era comum toda aquela falta de ruídos. Não havia o som de cigarras, cricrilar de grilos ou sequer o coaxar de sapos. Animais noturno, como vaga-lumes, também não se faziam presentes. O uivar dos lobos então, estava morto. Era como se a floresta manifestasse algum tipo silencioso de luto. E isso com certeza não era bom O som de um galho se quebrando fez eco no silêncio e a jovem imediatamente se virou em direção a ele. Não havia nada ali, mas uma intensa sensação de perda tomou seu coração e transbordou por seus olhos, escorrendo em forma de lágrimas por seu rosto. Seu grito de dor ecoou por toda floresta, mas não havia ninguém para socorrê-la. [...]

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Postagens Aleatórias #65

[...]Eu parei o que eu estava fazendo no momento que me senti observada.
Havia um gelo na minha espinha, como se algo estivesse fora do normal. Varrendo a paisagem ao meu redor com minha visão, acabei por encontrar dois olhos intensamente azuis. Era um lobo. Seus olhos azuis estavam fixos em mim, me observando. Sua pelagem acinzentada, clara e perfeita não dava indícios de possíveis movimentos. Mas eu não sabia o que ele poderia fazer. Virei meu corpo, devagar, sob sua intensa observação, para poder ficar de frente a ele. Com calma, sentei no chão. Eu estava ciente de que correr era inútil, ele seria mais rápido que eu. Minha única chance era não despertar o interesse de caça nele. E era o que eu estava disposta a fazer. Passei a encarar seus olhos frios diretamente por muito tempo. Eu já estava contando as diferentes nuances de cores quando algo mudou. O olhar do animal ficou brando e, como um animal doméstico, ele se aproximou de mim, sentindo meu cheiro. Sem desviar dos olhos dele, deixei que se aproximasse e avaliasse, pelo meu odor, se eu era de confiança. Foi uma surpresa incrível vê-lo deitar a cabeça em meu colo, pedindo afago. Com um sorriso, eu passei minhas mãos calmamente por seu pelo grosso e invernal, sentindo a textura da proteção animal. A maciez sutil, embora resistente, me fez sentir vontade de não sair dali nunca. Ele ficou ali, de olhos fechados apreciando meu afago, por muito tempo. Ele só voltou a se mexer quando ouvimos um uivado ao longe. Ele voltou a me olhar, se aproximou do meu rosto e passou o focinho gelado gentilmente em meu nariz. Eu sorri e beijei e região com carinho. O rabo dele se mexeu, imagino que satisfeito, e ele me deu um último olhar. Eu sorri, o incentivando a ir embora, e ele grunhiu baixo, triste. E antes que eu pudesse olhar novamente, ele já havia se embrenhado na mata para voltar ao seu povo. Levantei, tirei as folhas das minhas vestes e dei as costas ao lugar imaginando quando veria meu lobo de novo. [...]

sábado, 4 de janeiro de 2014

Postagens Aleatórias #64

[...]Eu estava apaixonada.
Apaixonada pelo meu melhor amigo. Aquele que me irritava com suas besteiras e que atendia meus telefonemas de madrugada, quando eu precisava dele. Aquele mesmo que me via morrer por dentro cada vez que alguém me magoava, embora por fora eu parecesse a mesma de sempre. Porque nossa amizade era incrível e protetora, onde um sempre vai proteger o outro e sempre seremos família, e família nós sempre amamos.
Era apaixonada também por aquele idiota que me fazia rir. Aquele mesmo que eu me juntava, junto com o meu melhor amigo, para ganhar uma discussão e fazer os argumentos irem por água abaixo. Eu ficava feliz por ele encontrar uma pessoa que o fizesse bem. Porque, ao final, ele também fazia parte da nossa família, e, como sempre, nós amamos nossa família (mesmo que seja aquele primo chato).
E eu era apaixonada por aquele grande idiota que era parecido comigo. Aquele que tinha problemas vadios e que adorava me mandar longe. Aquele mesmo que me fazia enxergar a realidade e não tentava passar a mão por cima da minha cabeça. Ele tinha tantos problemas quanto eu e era impossível não amá-lo. Era quase como família (Deus me livre!).
Mas os três sabiam que eu era realmente apaixonada por ele. Aquele que fazia meu melhor amigo trincar os dentes, aquele que fazia o outro me distrair e aquele que fazia o grande idiota jogar indiretas (nem tão diretas assim) para o grande número de desculpas que eu recebia. Mas eles também sabiam que eu preferia qualquer um deles e ficar com esse outro aí. Eles me faziam bem. E isso era o que tornava meus dias mais felizes.[...]