[...]1, 2, 3, 4... 1, 2, 3, 4... 1, 2, 3, 4...
Aquele era um para lá e para cá constante. Um equilíbrio teoricamente saudável que se mantinha ao longo das passadas. Mexia para um lado, mexia para o outro, mas o ritmo era teoricamente o mesmo. Teoricamente.
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A pausa entre uma sequência e outra era mínima, quase não dava para notar. Mas ela estava ali por um motivo óbvio. Era necessária. Claro, isso é fácil de dizer. O problema se manifestava na hora de praticar.
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Aquela era a dança da sua vida. Os números demonstravam os passos que dava em direção ao seu futuro. A pausa era feita para demonstrar quando parava para fazer suas escolhas. No meio daquilo, uma decisão. Uma única. Ele. A pausa fora maior que todas as outras. Os medos e incertezas, que lhe enchiam toda vez que deveria pensar em seus passos seguintes, foram maiores. Não sabia o que fazer.
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No fim, optou conscientemente pelo sim. Acostumou-se a arcar com as consequências de todas as suas decisões. Sua valsa continuou. Mais ritmada. Mais alegre. Mais feliz. A partir dali, suas escolhas se tornaram mais fáceis. Quando tinha que se separar dele, era só um passo ensaiado longe do dele. Logo seus passos voltariam a estar juntos e a valsa continuaria seu rumo. A valsa dele junto com a sua. Ele seria seu parceiro de dança.
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