[...]Ela não chorou.
Mas ela quis. Ela chegou bem pertinho. A lágrima já estava para escorrer pelas bochechas. Mas ela não deixou. Pelo contrário, ela respirou bem fundo e engoliu todo o choro. Aquela sensação de desespero e de derrota ela simplesmente fez passarem pela garganta. Ela engoliu e sentiu dor ao deixar aquilo passar sem se expressar. Mas ela manteve sua pose vitoriosa. Ela não deixou o medo, o desespero, o cansaço ou mesmo a dor ou a solidão vencerem a esse ponto. Ela decidiu ser forte e endurecer seu coração de pedra mais um pouco. Ela matou sua criança interna mais uma vez. Mas ela não deixou nada escapar. Ela queria poder se expressar, certamente ela queria. Mas ela não o fez.[...]
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