[...]Eu observava o jeito que ela se mexia. A batida era pesada e agitada, mas isso não parecia incomodá-la. Bem pelo contrário. O olhar dela estava focado no espelho do estúdio, e ela executava uma série de passos complexos demais para que eu acompanhasse, embora eu soubesse reproduzi-los. Embora eu nunca seria capaz de reproduzir com o algo mais que ela o fazia. Ora lento, ora agitado. Ora feliz, ora emocionado. Ora sexy. Oh, Deus, terrivelmente sexy. Não era justo a forma que ela conseguia transformar uma série de movimentos em algo hipnotizante. E então ela ia do sexy ao inocente em segundos. Seu olhar vidrado nos movimentos para repeti-los perfeitamente. Eu conhecia isso muito bem.
"Há quanto tempo está ai?" ela me pergunta, e eu sorrio.
"O suficiente" ela sorri para mim e vem correndo em minha direção, pulando em meus ombros. Eu a abraço pela cintura e a beijo. Eu sou o homem mais feliz do mundo. E ela é minha eterna dançarina.[...]
Nenhum comentário:
Postar um comentário