[...]É engraçado como algumas situações me deixam incapacitada de expressar sentimentos.
Com raiva, eu choro para não fazer estragos. Minha voz falha e só meu olhar demonstra meus sentimentos. Meu coração se aperta com o ódio e cala minha boca. Eu não consigo ferir ninguém com palavras com a quantidade de raiva que passa por meu corpo aquele momento.
Quando estou triste eu escrevo. Escrevo romances apaixonados e estórias épicas que parecem contos de fada. Meus olhos ficam serenos, embora vazios. Minha voz se torna branda e meu coração fica sofrendo em silêncio. E a única coisa que faço para abrandar isso é escrever histórias de amor que aqueçam corações.
Mas quando eu estou feliz, eu não sei expressar. Eu mal consigo escrever quando estou feliz. Meus olhos se abrandam de uma forma quase apaixonada. Meus atos, sempre carinhosos, transpiram muito mais carinho que o normal e eu consigo sorrir até para o mais feio dos dias. Mas a coisa que eu mais gosto de fazer, eu não consigo. Não sai uma linha sequer quando eu estou feliz. E eu não consigo expressar corretamente minha felicidade para textos a ponto de que pessoas também se sintam felizes com meu trabalho. Eu raramente me sinto incapaz de demonstrar sentimentos. Mas a felicidade é um tão puro que me desarma completamente. [...]
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