[...]Esse é mais um texto que faço pensando em você. Em você e em nossa relação conturbada, cheia de entretantos e poréns que qualquer outra pessoa teria enlouquecido e desistido de tudo isso. Um ama o sorriso do outro, embora odeie o seu próprio. Vivemos longe um do outro, por nosso poder destrutivo quando juntos. Odiamos um ao outro, você por ser mais emocional que eu, eu por ser mais prática que você. Não falo que te amo porque não sou dada a essas coisas, mas você sabe o que meu olhar significa. Você não fala nada porque não leva jeito para isso, e eu sei ler nas entrelinhas o que você quer dizer. Vivo escrevendo coisas e lembrando da gente, porque cada momento é especial, é nosso. E sei que você não gosta de fazer o mesmo porque odeia a dor da nossa separação. Vivemos nessa dificuldade. Eu temo que você ache outra pessoa que lhe supra o que eu não posso, e eu fique esperando novamente por você. Você teme que eu esqueça de você, e te abandone. Mas ambos sabemos que nossos medos são irracionais. Que quando nos virmos, não vai haver ninguém para impedir de ficarmos juntos. Que seja uma tarde, mas ficaremos juntos. Para que quando estivermos separados, aquele gosto de saudade que sempre acontece nas despedidas nos impulsione a ficar juntos o mais rápido possível. E se possível, por mais tempo que a vez anterior. Só peço que espere por mim. E eu farei com que todos os nossos poréns e entretantos valham a pena.[...]
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