sábado, 11 de outubro de 2008

Certas coisas nunca mudam...

É verdade. Queria rir agora da história ridícula que a minha vida virou. Se é tão engraçada, por que eu sinto tanta vontade de chorar? Por que eu me sinto tão mal? Nem vou tentar saber a resposta. Eu já as conheço de cor. Como sempre.
Acho que as vezes na minha vida certas coisas acontecem apenas porque é inevitável. Se eu não tivesse feito determinada escolha aconteceria igual. Mas isso não. Apenas para variar a culpa é minha.
Acredite, nem sempre fui amarga assim, mas minhas escolhas me fizeram ser assim. É apenas de escolhas que a nossa vida é feita certo? Bem, eu acreditava que sim. Mas nunca pesei cada uma delas.
Irônico? Poderíamos dizer que sim. Eu já acho que não.
Nunca acreditei no destino. Vou ser sincera, nunca acreditei em nada. Eu acreditava, e talvez apenas nisso, um pouco em mim. Hoje já mudei meu pensamento. Hoje eu acredito no futuro. Nas coisas que estão por vir... Que as coisas vão melhorar. Ao menos até hoje.
Sabem, sou/era uma moça muito recatada. Dócil e aparentemente inofensiva. Ao menos as pessoas achavam isso. Mas realmente? Talvez só BEM lá no fundo. Sempre me protegi muito dos outros. E quando me deixava levar e alguém me conhecia realmente eu só me magoava. Há pouco tempo minha imagem mudou.
Passo agora uma imagem de uma pessoa sedutora, porém esnobe. Gosto um pouco. Não totalmente, óbvio. Sempre ficava com poucos garotos. um ou dois em um ano digamos assim. Esse ano, ao mudar minha imagem mudou. Fiquei mais solta nesse aspecto. Porém há um motivo. É como disse, alguém me magoou no passado. Mas não falo mais dele. Agora falo do que se passa no presente.
Com essa nova imagem, muitas pesosas começam a se aproximar, para descobrir o que se passa. E são sempre as erradas. Pois, como sempre, eu me apaixono pelas pessoas erradas. E o da vez aparentemente parece bom.
Mas é alguém que apesar de valer a pena, ele me engana. E eu sei. Já conversei com ele sobre isso. Mas não temos um relacionamento sério. Portanto não posso cobrar nada. São ossos do ofício. É esse o preço que se paga por ser mais solta: Você acaba se apaixonando e também não pode ter direito a sentir ciúmes.
Bem, é esse dilema que vivo. Não tenho um relacionamento sério, não exijo (nem posso) nada. Porém me apaixono como se estivéssemos juntos. Enquanto ele diz me amar, vejo que ele pensa na outra. Isso é refletido em seus olhos. Olhos que eu aprendi a amar. Olhos que eu simplesmente não posso esquecer. É uma das tristezas que carrego.
Ele diz que eu sou o presente, mas como vêem, eu sei que não é. Declarações para ela são constantes. E eu só ganhei uma até agora. Me sinto mal. Pois eu não mereço amor.
Sinto-me como uma cortesã das noites burlescas apaixonada: sem direito a esse sentimento tão puro quanto o amor. Por que? Por meu "passado" me condenar muito pouco, mas o suficiente para que eu me sinta corrompida.
As vezes acho que isso é coisa da minha cabeça. Mas o sentimento de culpa continua lá. Não posso exigir nada de ninguém. Ao menos não dele. E por mais que uma pessoa, uma amiga esteja disposta a pôr isso a limpo, não quero. Não consigo abandoná-lo. Não tenho coragem. Pois cada vez que vejo o sorriso dele, encaro os olhos dóceis, sinto seu perfume envolvente, me abrigo em seus braços, esse sentimento se vai. Porque naquele segundo, ele é só meu. Sou eu que estou ali, e não ela. E é por isso que penso: Certas coisas nunca mudam... Nem vão mudar.

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