terça-feira, 14 de outubro de 2008

Uma Tranquilidade

Faz algum tempo que venho rondando ele. Não sei porque, mas algo no jeito dele me fascina. O jeito de olhar? Talvez o jeito de sorrir? Ou seria o jeito dele em si? Não sei dizer. Algo nele me chamou a atenção. Não posso dizer o que. Simplesmente chamou. O jeito que ele trata as pessoas é especial. Dá para sentir um amor, uma leveza. Uma delicadeza ímpar. Incrível. Ele não é como a maioria. A namorada tem sorte. A mais nova quero dizer.
Ele vive trocando elas. Por mais que ele seja assim, tão dócil, tão bom, parece que ele não consegue se acertar com elas. Muito alta, muito baixa, ela não se interessa muito, ela se interessa demais, muito grudenta, ela nem anda comigo, muito estressada, muito sossegada, muito doce, muito rude... E por aí vai. Para ser sincera, de todas as que já vi com ele, acho que só duas ou três é que eu disse "É essa que você vai ficar não é ?" geralmente, com essas, ele dura mais que duas semanas, duram alguns meses.
Até ele, novamente, dizer que não consegue se manter com a garota. E diz algumas coisa sobre ela que ele não gostou. Mas eu sei o que acontece: Quando tudo começa a fica exigente demais, ele pula fora. Acho que tenho e não tenho sorte por ser uma das poucas que ele respeita: Sorte por não correr risco de ser a próxima da lista; Azar por eu querer ser a próxima e a última. Mas eu sei que ele não é para mim.
Bem, isso até hoje. Eu estava bem tranquila no meu canto quando ele sentou ao meu lado, totalmente pensativo. Perguntei se tinha terminado com a garota mais recente. Ele disse que sim. Achei normal. Mas ele continuou, dizendo que uma pessoa em especial andava lhe chamando a atenção. Ela sempre cuidava dele e nunca pedia nada em troca.
Sorri tranquila e falei que sempre há pessoas assim. E que se ele havia achado, era hora de falar com ela. Quando eu disse isso, só senti algo por cima dos meus lábios: Os lábios dele. Foi um simples selinho, mas que deixou o meu dia mais atormentado do que nunca...

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