[...]Ela parecia esculpir algo.
Podia ser uma idéia, um pensamento ou até algo mais físico. Mas sua concentração não deixava restar uma dúvida sequer de que ela esculpia algo. Nem sua expressão facial traia essa idéia. Ela se mostrava extremamente focada naquela atividade e o que quer que fosse, parecia tomar-lhe tempo e paixão. É, só podia ser paixão aquilo que reluzia em seus olhos pois não havia outra explicação para tanto foco em uma única coisa. Fiquei ali a observar, como mera espectadora, o que ela podia fazer. Fiquei surpresa quando ela me mostrou seu trabalho pronto e disse, com orgulho, que era o trabalho de sua vida. E me emocionei quando constatei o que era. Para substituir aquele que estava completamente danificado pelo mau uso de terceiros, e sem chance de reparação, ela me esculpiu um novo coração. [...]
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